13 de dezembro de 2009

O tempo pergunta ao tempo ...



"... o amor e o passado são tão iguais,
o amor quando vai não volta mais.".


Já há muito tempo que me dei conta de que o que de mais importante temos é o tempo que nos é concedido. Esta dádiva pode ser interpretada de uma maneira restrita, ou seja, referindo-se ao tempo livre que temos, ou ao tempo de vida de que dispomos, cujo limite só saberemos no dia em que desaparecermos. Ou então, podemos pensar nisto como eu costumo pensar, de forma mais geral: devo ter já dito uma ou outra vez, a pessoas de quem gosto, que o tempo que lhes dou é o mais valioso que tenho para lhes oferecer. É que, se estou com elas, é porque gosto delas, porque gosto da companhia delas, e porque gosto de ... passar tempo com elas.

A essas, não completei a minha ideia geral, porque acho que se subentende: o que eu mais valorizo é o tempo que elas decidem despender comigo, particularmente se têm vidas ocupadas, preenchidas, e difíceis.

Uma das coisas com que não concordo é com o dito "os amigos são para as ocasiões". Eu desejo estar sempre junto das pessoas de quem gosto quando elas precisam de mim, mas não me parece que seja isso que define a amizade. Normalmente, quando uma pessoa precisa de apoio, ajuda, e companhia, só as pessoas que estão mais próximas dela ao longo do tempo é que se apercebem disso. Há também casos de pessoas de quem se gosta muito e que não podem estar presentes no dia a dia.
Mas há coisas que me fazem pensar: há pessoas que estão mesmo muito longe, e com as quais contacto muito frequentemente, e outras (pensando num extremo) que, estando nos mesmos 2 quilómetros quadrados que eu quase todos os dias, nunca contacto porque nunca me contactaram, e quando acontece falarmos dizem que sim, temos de combinar, e querem muito, e vão telefonar.

Eu também tenho muitas coisas para fazer, e sei que é difícil estar com toda a gente, embora eu não goste assim de tantas pessoas como isso. Mas tento...

Uma das coisas que mais me aterroriza é ver aqueles de quem gosto viverem as suas vidas, acontecerem-lhes coisas boas e más, e eu nem estar presente, e sentir-me culpado por não estar presente, ainda por cima dando-se o caso de serem pessoas que gostam mesmo de mim e me procuram quando podem.

É por isso que tenho decidido nos últimos meses concentrar o meu tempo livre e a minha energia nestas pessoas que realmente merecem o meu tempo e tudo o mais que lhes posso oferecer. É que eu já percebi que não posso esperar que toda a gente pense como eu, mas... quid pro quo.


"O tempo pergunta ao tempo quanto tempo o tempo tem. O tempo responde ao tempo que o tempo tem tanto tempo quanto tempo o tempo tem.".


*


Esta merece... Bom trabalhinho em Barça! Vou-te lá visitar, mas... volta depressa! :)

1 comentário:

  1. Cá te espero :)

    O tempo pergunta ao tempo quanto tempo o tempo tem. O tempo responde ao tempo que "agora" é o momento! :p

    E sim... Estarei aí em breve!

    Beijinho enorme

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