12 de abril de 2010

Mas... e então?



Que me desculpe se houver alguém que costume ler o Valdispert e fica desapontado com tanto tempo de ausência.

Queria dizer-vos que ... às vezes está tudo bem, ando embrenhado nas coisas que me tiram energia, nos braços dos amigos, no trabalho,

nas coisas que gosto de fazer...
nas coisas que descubro que gosto de fazer...
nas coisas que aprendo a gostar de fazer ...

E esqueço-me de que se calhar ser feliz é isto. É estar sereno como um sol de fim de tarde a afastar as folhas das copas das árvores e a bater em campos pejados de tremocilhas.

Estive a pensar nisto hoje e realmente é verdade. Já sabia há muito tempo que quando ando mais em baixo escrevo muito mais. Talvez o que nunca me tivesse atingido de forma tão forte fosse a consciência de que ando bem disposto e não me importava nada de continuar exactamente como estou agora. Um montezinho ali e um valezinho acolá, mas sem grandes tsunamis.

Talvez fuja de potenciais problemas com a mesma perícia com que fujo de potenciais emoções fortes, mas... e então?

Já alguém o disse mas eu vou roubar à descarada a frase: gosto muito de escrever - mesmo que só saia trampa, às vezes especialmente quando sai trampa - mas gosto muito mais de ser feliz.

E se ser feliz for isto... pois que o seja.