Senhora Mãe: Faz xixi.
A minha filha: Não quero!
Senhora Mãe: Antes de ir dormir tens de fazer.
A minha filha: Mas eu já fiz!
Senhora Mãe: Quando?
A minha filha: Hoje!
Senhora Mãe: Faz xixi.
A minha filha: Não quero!
Senhora Mãe: Antes de ir dormir tens de fazer.
A minha filha: Mas eu já fiz!
Senhora Mãe: Quando?
A minha filha: Hoje!
(À noite, tarde)
STP - Caminha!
Anónima - Estás a ir ou a mandar-me ir?
STP - Ambos.
Anónima - Se estivesses abraçado a mim já estava a dormir. És melhor do que um Xanax!
(Não sei se isto é um elogio ou não. Antigamente recebia booty calls/booty messages ocasionalmente, agora recebo solicitações para funções como soporífero).
1989 - Queda do Muro de Berlim
2020 - Pandemia Covid19
2023 - Aconteceu, foi real: fui jantar sushi e gostei muito. Ainda por cima convidado!
Carespos, pá! Ganda cabeça!
Boa companhia num belo almoço. E agradeço o teu abraço apertado, genuíno, sincero, feito de 15 anos de ausência e de boas memórias. É um bom começo. Prometo que da próxima vez venho de carro a bombar STP com janelas todas abertas e há de se ouvir no CHPL!
Moony - Nunca joguei no Euromilhões.
STP - Hã? A Sério?
Moony - Nunca joguei. Para quê? Para gastar dinheiro? Se Deus quisesse que eu ganhasse o Euromilhões não precisaria de jogar!
STP - Hold my beer.
Moony - Por acaso nunca vi neve.
STP - A sério? Até já vi neve em Lisboa…
Moony - Mas isso é porque tu és antigo!
Este sítio tem umas belíssimas empanadas argentinas. E pode-se pedir vinho a copo, o que também não está mal. As empanadas são variadas, mas as minhas preferidas são as de vitela spicy.
Se as trouxerem para casa, aquecerem ligeiramente e servirem com um arrozinho de feijão, também sabem bem.
Mas são tão boas que as comi in situ e em casa.
(A minha filha a andar de costas)
A minha filha - Mãe, olha a minha vida a andar para trás!
STP - Trazes-me para os copos porque tens pena de mim, não é?
Juanna - Porque é que eu havia de ter pena de ti? És um privilegiado de merda! E digo isto como privilegiada de merda.
Comecei a noite com estas estrondosas batatas que já são para mim uma instituição, e um not-so-guilty pleasure. São boas para armazenar calorias para sobreviver ao inverno.
Noutra era sabia-me capaz de chegar aos sítios sem me perder no Bairro Alto, contando que fosse à noite e depois de um par de copos. Foi bom ter dito isso à minha companhia e ter conseguido cumprir. É como andar de bicicleta.
Vim dar ao Clandestino certinho direitinho. E disse-lhe: "vais ver que aí no balcão vais encontrar um senhor careca".
Infelizmente não encontrei o senhor Careca. Não que fosse amigo dele ou que ele se lembrasse de mim. Quero dizer, talvez em tempos ele se lembrasse da minha cara. É que desde miúdo, desde que comecei a ir sair ao Bairro Alto, este senhor estava ao balcão deste bar.
E eu disse: "bem, isto deve ter acontecido recentemente. Não foi há muito tempo que vim aqui e ainda o vi".
Depois perguntámos ao barman que nos disse que tinha falecido há 8 anos.
Isto é uma cena um bocadinho à Interstellar.
Deixo aqui uma música que ouvi aqui várias vezes (espero que ao sábado continuem com música como deve ser; é que ainda não cheguei ao ponto de gostar de Bon Jovi).
(Ela queria andar de bicicleta sem as rodinhas, e portanto fomos à procura de um capacete na Decathlon).
A minha filha - Mas eu já vim a esta loja, é só de roupas!
STP - Está bem, vamos só procurar o capacete.
A minha filha - Olha ali skates, vamos ver!
STP - Está bem, podes ir ver...
A minha filha - Podíamos comprar um skate, o que achas?
STP - O pai já não anda de skate há muito tempo...
A minha filha - Então compramos para mim!
STP - ...
STP - Mas eles são muito grandes para ti!
A minha filha - Este aqui não parece muito grande!
STP - (fuck...) anda lá ver os capacetes, vá.
(escolhemos um capacete)
A minha filha - Já temos um capacete. Agora só falta o skate!
STP - Filha, o pai não te vai comprar um skate agora. Tens que falar também com a tua mãe sobre isso.
A minha filha - Podemos-lhe telefonar agora. Eu falo com ela!
STP - Olha, agora vamos procurar uma mantinha polar, que está frio.
A minha filha - Está bem, agora não, mas depois de comprarmos a mantinha podemos comprar o skate?
STP - ...
(no corredor das mantinhas)
STP - Olha, esta é quentinha, vês?
A minha filha - Pai, podíamos estar a ver coisas muito mais fixes. Como um skate...
A minha filha - Aqui estamos nós os dois a ver as estrelas e os planetas com uma máquina que se chama “coloscópio” para espreitar! E aqui está um meteorito a cair e tu estás a tentar apanhá-lo e depois queimas-te todo! (gargalhada a gozar).
(Vinha a subir as escadas atrás dela até ao terceiro andar, com 500 sacos nas mãos com compras e tralha).
STP - Anda lá que o pai está carregado!
A minha filha - Isto é uma corrida e eu vou ganhar!
(Já cá em cima)
A minha filha - Pai, não importa ganhar ou perder. O importante é que estamos cansados.
(No meio do hipermercado, andava ela a correr entre os carrinhos de compras com uma amiga, a jogar à apanhada).
A minha filha - (muito alto, agarrada à minha cintura, a fugir da amiga) Sabes, o meu pai bate-me e depois eu bato-lhe a seguir (e desata a rir).
Pais da outra criança, casal de velhinhos, operadora de caixa, tudo a olhar para mim.
STP - Diz isso muitas vezes em voz alta, e depois logo me dizes como é que isso correu para ti!
A Sra. M. veio à consulta dizer-me que estava óptima após a cirurgia e que já conseguia arrancar as ervas do jardim à volta de casa, que não conseguia estar parada a olhar para elas. Portanto só conversámos um pouco.
Contou-me que o pai era estucador e apenas trabalhava nos meses sem chuva, porque o estuque precisava de secar, e que a mãe era vendedora de fruta e também cedo ganhou artroses graves dos joelhos por causa do peso dos caixotes. Depois também me disse que conseguiu comprar a sua vivendinha a muito custo a trabalhar numa mercearia a vida toda, e que só a fechou para ser operada.
E eu disse-lhe que gostava de fazer o mesmo mas que o preço das casas está pela hora da morte. E que tinha saudades da minha hortinha na outra casa, com a mesma área do gabinete de consulta, aproveitadinha até ao limite com alfaces, tomateiros, rúcula, morangueiros, e couves com que fazia belíssimos caldos verdes ou cozia para acompanhar bacalhau.
Então ela contou-me que tinha duas belas cameleiras no jardim - uma branca e uma vermelha - com camélias lindíssimas. E explicou-me que lhe tinham dado as sementes, e lhe disseram que só germinariam após sete anos. E assim foi durante sete anos, a regar as sementes nos vasos até que brotassem. E que já lá iam quarenta anos.
A Sra. M. agora vive com o filho e com os três netos, porque eles perderam a casa depois de um negócio que correu mal e o banco lhes ficou com tudo. E não queriam incomodar, mas ficariam os quatro a viver na rua. E ela ficou contente e tinha-lhes dito que se encolhessem um bocadinho e que tudo correria bem.
Contei-lhe que cresci num T2 pequeno com mais quatro pessoas, mas estávamos sempre juntinhos. E nas minhas festas de aniversário vinham todos os tios e primos e avós e as pessoas se sentavam umas em cima das outras e as crianças se pisavam a jogar à apanhada, e era difícil chegar à mesa, mas que todos nos recordamos hoje desses aniversários porque eram os melhores de sempre.
Saiu da consulta a sorrir de olhos molhados e disse-me que me ia trazer sementes de cameleira. E eu prometi-lhe que ia encontrar um sítio para as semear.
Andava com uma foto dela tipo passe, metida na carteira. Tinha sido surripiada para mim por uma amiga em comum, e desde então olhava-a embevecido e sonhava acordado diariamente.
Observava-a muitas vezes ao longe pela janela, meio escondido atrás dos estores, enquanto regressava da escola. Ou juntava-me aos treinos de basquetebol feminino só para poder estar um bocadinho mais perto dela. Os meus amigos diziam-me que um dia tinha de deixar de ser maricas.
Franzina, pequena, de olhos de um castanho esverdeado brilhante e sorriso de caninos felinos, quando olhava para mim as minhas supra-renais eram apertadas por mãos habituadas a torcer panos da loiça. É claro que durava meio segundo, porque eu desviava o olhar.
Um certo fim de tarde, depois de um treino, decidi respirar fundo e acompanhá-la a casa. O dia de inverno já se tinha feito noite, e o nevoeiro borrava a luz dos candeeiros da rua. Obviamente que ela já sabia o que eu ia dizer. Fiz da timidez força e disse-lhe que gostava dela, enquanto caminhavamos lado a lado, de olhos no chão. Supra-renais apertadas e com vontade de fugir. Claro que ela acelerou o passo e me disse que era muito querido e que era um belo amigo.
Quase trinta anos depois, ainda haveria de me dar conta de que essa tinha sido até então a única vez que me tinha declarado a uma mulher.
Passei as duas semanas seguintes, depois da escola, enfiado no quarto do Chico a ouvir Pearl Jam e Nirvana e a sentir-lhes as dores como minhas; ou então ficava na minha cama a olhar para o tecto. E continuava a olhar através dos estores para ela enquanto atravessava o descampado à volta da escola por entre as ovelhas que naquela altura ainda ali eram levadas a pastar, e jogava na mesma basquetebol com as miúdas.
Chegou o verão.
Fui de férias com a família para a Ericeira, e lembro-me da minha avó e da minha irmã a divertirem-se a fazerem-me tranças no cabelo todo pela primeira vez, e eu a encolher os ombros sem qualquer medo do ridículo. Flutuava meio acordado pelas madrugadas dentro ouvindo música num walkman da Sonny, ou impedido de dormir pelos ataques das melgas, ou a imaginar o que ela estaria a fazer naqueles dias.
Um dia tivemos de regressar apenas para fazer as matrículas escolares. Naquele ano eu teria de mudar de escola porque ia transitar para o ensino secundário, mas ela permaneceria na mesma porque era um ano mais nova do que eu.
O nosso grupo de amigos ficava sempre à tarde ou depois do jantar numa praceta de terra batida entre duas fileiras de prédios, e ela morava num desses prédios. Havia um pessegueiro nessa praceta, e todos os verões a fruta bichada caía de madura no chão e saturava o ar de um aroma doce inebriante.
E foi nessa praceta, nessa manhã quente e soalheira, que esbarrámos um no outro por acaso enquanto evitávamos pisar os pêssegos caídos. Eu de tranças no cabelo, ela de t-shirt azul escura. Sorriu-me muito e falámos. Pareceu-me alegre e especialmente simpática. Descobrimos que no dia em que eu voltasse outra vez da Ericeira iria ela para o norte. Pareceu-me desapontada como eu pelo desencontro de datas. Que voltariamos a encontrar-nos logo que ela regressasse. Sorriu-me outra vez, olhava-me nos olhos, e passou ao de leve a mão pelo meu antebraço. E enquanto nos afastávamos olhámos os dois para trás por cima do ombro. Tu queres ver que ... ?
*
Tinha sido convidado para sair na noite de Halloween. Nunca tinha aproveitado esta ocasião, embora quando em miúdo tivesse chegado a ir ao Pão-por-Deus na manhã do dia de Todos os Santos, a bater às portas dos vizinhos e a receber frutos secos, castanhas, romãs, moedas pequenas e alguns doces.
De qualquer das formas sempre me agradou a possibilidade de encarnar personagens com roupas e adereços diferentes, e portanto decidi mascarar-me à minha maneira de estrela rock "agarrada".
Foi tudo um pouco à pressa. Rasguei umas skinny jeans e arranjei uma camisola terrível, larguíssima e compridíssima, com o padrão mais duvidoso que encontrei na Springfield. E encaminhei-me para o Centro Comercial Babilónia, conhecido por ser muito étnico e pelos inúmeros cabeleireiros. Certamente que ali alguém me iria entrançar o cabelo, mesmo que já a meio da tarde e em véspera de feriado.
Estava com dificuldade em parar o carro, e entretanto lembrei-me que ali perto havia uma cabeleireira que eu conhecia bem, mas que já não via há vários anos. Embiquei para aquela rua e estacionei em quatro piscas em cima do passeio. Lá estava o mesmo salão de sempre, desta vez vazio. Fiquei à entrada da porta uns segundos a olhar para a Lourdes, que arrumava as coisas, certamente preparada para fechar e ir embora.
Virou-se para trás e encarou-me. Uma expressão de alegria imensa invadiu-lhe a face e veio abraçar-me aos gritinhos. Fomos tomar café na pastelaria ao lado e falar da vida.
A Lourdes é agora cinquentona, mas continua bonita, sem um cabelo branco, enxuta, alta e imponente. Um traço. Falou-me dos filhos já crescidos e do marido que já não lhe liga há muitos anos mas de quem cuida porque talvez mais ninguém o fizesse. Há vinte anos eu tinha dado explicações de matemática ao filho dela, que agora é engenheiro e sabe mais de matemática do que eu já me esqueci. E ela guarda-me um carinho e uma gratidão que perdurou pelo tempo. Depois chamou pelo telefone um senhor que trabalhava numa oficina ali ao lado e com quem falava sobre mim porque ambos descobriram por acaso que ele era meu doente. O mundo é, de facto, uma ervilha.
"Mas João, eu acho que nunca fiz isso como deve ser! Já experimentaste ali no Babilónia? Ah, mas é para o Halloween? Então está bem, eu vou tentar, alguma coisa há de se arranjar!".
Trouxe-me uma enorme caixa de contas de feitios diferentes e disse-me para escolher. E esteve durante a hora seguinte a trabalhar no meu cabelo enquanto eu lhe contava a história da minha avó e da minha irmã a fazer-me tranças daquela vez quando era adolescente. A Lourdes conheceu a minha avó, a minha mãe, e conhece a minha irmã, e chegou a tratar do cabelo delas todas.
Saí de lá com um penteado melhor do que tinha imaginado, e ela insistiu em não aceitar pagamento. Pediu-me só o favor de regressar.
*
Há dois meses fui dar uma consulta numa clínica que fica pertinho da minha casa. Tratava-se de uma senhora de idade com quem tinha combinado fazer-lhe uma infiltração no joelho. É simpática, com a cabeça no sítio, e toda para a frente. Disse-me que tinha conhecido a minha avó, que toda a gente tinha conhecido a minha avó.
Ela tencionava ir a pé para casa depois do procedimento, apesar de lhe ter perguntado se tinha vindo com alguém para a ajudar. Respondeu-me que não.
Então saí de braço dado com ela, devagarinho, para descer as escadas e para a ajudar a entrar no carro. Acabei por lhe dar boleia.
- Eu moro ali ao pé do Pingo Doce, chegava lá a pé num instante, não era preciso!
- A sério? Mas quem mora ao pé do Pingo Doce sou eu!
Levei-a até à mesma praceta de antes, agora já sem pessegueiro, empedrada e transformada em parque de estacionamento, por onde não passava há anos. E parei no único lugar disponível, justamente em frente à porta do prédio da senhora, que era o mesmo prédio por onde tinha passado vezes sem conta para olhar rapidamente para a janela do primeiro andar onde vivia a minha primeira paixão.
- A sério que vive aqui? Eu tinha vários amigos nesta rua! E até tinha três amigas a viver no seu prédio.
- Vivo há muitos anos aqui!
Ajudei-a a sair do meu carro, que tem bancos muito baixos e dificulta a vida a quem sofre das ancas e dos joelhos.
- Lembra-se da miúda do primeiro andar? Assim magrinha...
- Claro, era a Liliana, coitadita. Tinham um Renault 5 branco. Aquele acidente foi uma desgraça... depois a família mudou-se daqui, nunca mais soube deles.
- Pois... eu também não.
Fiquei a vê-la a entrar no prédio a coxear enquanto me acenava com a mão.
*
Fiquei uma hora estacionado à espera para ir sair no Halloween, à uma da manhã, vestido de GILF, estrela rock de tranças, calças rasgadas, olhos pintados com lápis e sombra. Mas esperei pacientemente, porque aprendi há muito tempo que não se deve apressar uma mulher que se quer pôr bonita.
A minha companhia vinha inspirada no Blade Runner, uma estupenda replicant. Um traço ainda maior. E contou-me que se demorou muito porque esteve a pôr a filha de 14 anos - a mesma que vi com dias de vida - debaixo de duche frio por se ter portado mal numa festa de Halloween em que havia vodka preta.
Percorremos por quilómetros o fundo do Bairro Alto e as travessas de Santos de braço dado, por entre pessoas mascaradas. Algumas delas olhavam e certamente reparavam na disparidade daquele duo. Fomos parar a duas discotecas a que não ia há muitos anos, apeteceu-me dançar apesar das botas CAT pesadas que tinha calçadas e acabámos de manhã a comer pão com chouriço da Merendeira abrigados da morrinha que caía na rua.
Tive uma noite divertidíssima. Cheguei a casa sem sono, sem dor nos pés, e de alma lavada. O cabelo, esse não o lavei durante uma semana para manter as tranças só mais um bocadinho.
Anónima - Já que fazes anos não deviamos beber um copo?
STP - Olha, olha!
Anónima - Eu acho que devíamos
STP - Não achas que já consumi álcool suficiente?
Anónima - É para compensar pelos anos em que não fizeste nada!
STP - Sabes que me rebento todo assim... queres é a minha herança.
Anónima - Exacto, o que me fascina em ti é a tua conta bancária.
STP - Eu sei que é.
Anónima - Quando era mais nova era o carro
STP - Claro, só bens materiais! Dizes que te contentas com uma geleira numa praia deserta só para me agradar.
Anónima - Claro!!
STP - Ok, então parece-me uma óptima altura para te contar que joguei tudo na roleta.
Anónima - A sério? Raios!
STP - Pronto, parece-me que é o adeus.
Anónima - Olha, foi um prazer, gostei muito.
STP - Fica bem
Anónima - Guarda o meu número. Caso recuperes. Dá-me um toque nessa altura. Senão deixa estar.
STP - Não, eu vou fazer voluntariado em Moçambique, curto ser pobre.
Anónima - Gostava mais de ti rico.
STP - Eu sei, mas eu sou rico, tenho um coração de oiro.
Anónima - Sim, mas isso não paga jantares no Eleven.
STP - Ainda dá para uma salada vitacress... a meias.
(Senhora Mãe) - Eu a cozinhar carne e a mostrar-lhe: "vês, isto é uma perna, isto é uma asa...". E eu a pensar "ou vais achar nojento ou fazer perguntas sobre o animal".
Nada.
A tua filha: "Mas olha, não tires a pele que eu gosto. Agora parece nojento mas depois fica bom.".
(Tinha feito tranças no cabelo para brincar na noite de Halloween e não as desfiz para mostrar à minha filha).
A minha filha - Tens tranças no cabelo? Pareces uma menina! Também tens um pipi?