10 de novembro de 2004

Coisas boas?


Estou aqui a “suar as estupinhas” para escrever algo revitalizante. Queria proporcionar uns sorrisos, ainda que breves, ao leitor, dando-lhe o simples prazer dum sorriso cheio de significado algum. O esforço é titânico, não por não existirem razões para que um sorriso se abra, mas porque só me vêem bílis à boca e pior, aos dedos! A crítica do escárnio e mal dizer é uma arte fácil. O maldizer é uma constante da vida, não só por sermos seres sempre insaciáveis mas, também, os exemplos tristes pegam de estaca, nem o oídio lhes toca!
Já sei, uma razão para sorrir: o tempo tem estado bom! Eu bem me esforço... mas só me vem à cabeça temas como o encerramento do túnel do Rossio, que mais umas horas teria subterrado umas dezenas de pessoas (passaríamos a ter o caso de entre as estações!). Mas vou fazer um esforço. Deixa cá ver... Ah, temos ai um lançamento para o Natal, que consiste numa caixa com filmes da Heidi e da abelha Maia, com oferta dum relógio! Por apenas 24,99€! Ora ai está uma boa notícia. Este lançamento ainda não vai contar com nenhum dos prometidos “choques” fiscais, estando prometidos os choques orçamentais e por ventura, se o pessoal se puser com ideias reaccionárias, a polícia de choque. Ai, já estou a desalinhar! Bem, para os eleitos temos a temporada de bailado da Gulbenkien. Outra coisa que me irrita solenemente é a noção de cultura. Mas porque é que um degradé de cinzentos e vermelhos, com um nome do tipo “infância num campo de acácias” é arte e eu sou só mais um tecnocrata se assim não o achar? Desculpem se acho que o cinema deve ter imagem, pois se assim não for, tenho por hábito chamar-lhe rádio! As pessoas que não gostarem de bailado como eu, digam-no! Não tenham medo! “Find a happy place”... pronto, já estou mais calmo. Outra coisa boa é que já quase não oiço falar da quinta das celebridades, o que pode ser mau, pois estas coisas são como os putos: quando estão calados é porque estão a preparar alguma. O preço da gasolina lá desceu meio cagagésimo. Ora aqui está outra facto que nos obriga a rasgar um sorriso, esses velhos do Restelo que diziam que as gasolineiras faziam “panelinha” – palhaços. E quem é do Benfica tem sempre motivos para rir, nem que seja com a maneira meio símia de correr do Karadas.

Qualquer dia vou conseguir fazer uma crítica construtiva e então tornar-me-ei num Homem válido. Um dia saberei escrever, nem que tenha de usar uns ténnis cor de abóbora©, uns óculos de massa e beber sprite, conseguirei...

2 comentários:

  1. Este post merece o titulo de melhor do ano, simplesmente pela inclusão de uma referência ao melhor filme de sempre, «Dumb and Dumber». E quanto a ti, jovem, uns Prozac no bucho talvez não te fizessem mal.

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  2. Bem, Pedro, palavras para quê? Ri-me bué... acho o texto genial, e concordo com o Rui. É um grande post, candidato ao Valdispert de Ouro, que devo acrescentar, será transmitido no fim do ano e apresentado pelo Herman José.
    Gostei dos ténis cor de abóbora. Um dia saberemos o porquê do símbolo que usaste... ;)

    Grande abraço, e mais uma vez gostaria de demonstrar o regozijo que sinto por fazeres parte dos comentadores residentes deste blog. És uma mais-valia... sem malícia ;)

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