4 de fevereiro de 2010

Sem mais, para já ... 3 (reloaded)

Aqui vos deixo a versão não manuscrita do que escrevi. Não tinha imaginado que a minha letra seria tão difícil de perceber, mas são capazes de ter razão. Foi tudo escrito freneticamente... normalmente tenho mais cuidado. As minhas desculpas!

"... e cada vez mais as pessoas se vêem umas às outras como troféus outrora conquistados, que revisitam em dias cinzentos em busca de ânimo, conforto, querendo um pouco de alento para os egos danificados por gotas de chuva perdidas. Sem pensar um pouco em como ficam os outros em causa, aproximam-se com pés de lã e sorriso pacífico, e como quem não quer a coisa já estão a estimular em busca de bajulação... declarações de amor perdido... lamentos de uma coisa que já foi ... ou simplesmente um pouco de atenção. O tom magoado das vítimas é música para os seus ouvidos, pois só prova que os troféus se mantêm na mesma prateleira onde foram colocados, à espera que se lhes retire o pó.

Volta não volta chove, e lá vão sofregamente à vitrine procurar uma teta que já tenha recuperado um pouco das feridas da mamada anterior. E lá a deixarão depois, não sei antes deixar nas feridas abertas um pouco de flor de sal, à laia de troco pelo bem estar cobardemente arrancado.
É uma estupidez que se repete todos os dias em algum ponto da Civilização, em que as pessoas compensam os golpes sofridos num mundo supercompetitivo e superpovoado desferindo outros golpes em outras pessoas e assim sucessivamente, numa tentativa de se sentirem bem... não bem com elas mesmas, pois que não há tempo para pensar nelas; nem bem com os outros, pois que sofrem de uns e magoam outros, num comboio interminável que morde a própria cauda. Apenas... BEM.

Já estive dos dois lados e conheço-os melhor, muito melhor, do que queria e alguma vez supus nos meus dias maus chuvosos. E nos dos outros, já agora.

Minha dor, minha culpa, minha dor, minha culpa.
Quid pro quo pro quid ...
Não quero. E por isso não brinco mais.

Até que algo me convença de que há excepções à regra.".

4 comentários:

  1. Ainda bem! Não quero que te falte nada!

    Mas... vou continuar a escrever da mesma maneira! :P

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  2. E mesmo sem gatafunhos, estou com a sensação de not fully understood :S

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  3. Eu acho que a tua letra é bonita, já te disse... apenas difícil... :P

    Pq essa sensação?

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