26 de fevereiro de 2010

Nunca nunca deixarei ... de ser miúdo!

Tenho muitas saudades de os ver ao vivo ...

(sim, se provas fossem precisas... sou um miúdo!).

25 de fevereiro de 2010

Happy happy joy joy!

Baby Baby

Try to find - hey hey hey! - a little time

And I'll make you - hey hey hey! - happy

I'll be home

I'll be waiting beside the phone

Waiting for you!

uuu-huuu! ... uuu-huuu!

É verdade... hoje estou contente! Pareço um miúdo!

22 de fevereiro de 2010

Duas curtas

Faith No More - This Guy's In Love With You

Imaginem uma rua onde passam dois carros um ao lado do outro, de sentido único, ladeada por estacionamento perpendicular. Estava um carro à minha frente, parado, à espera que outro saísse do lado esquerdo, presumivelmente para ocupar o lugar. O carro lá saiu e foi em frente, e o carro que estava à minha frente fez pisca para a esquerda, andou para a frente (passando um pouco o tal lugar), mas subindo a divisória de estacionamento, de tal maneira que ficou a um palmo dos carros que estavam estacionados perpendicularmente mais à frente do tal lugar (quem é que se encosta aos carros da frente para estacionar depois ao lado deles?). Continuou com o pisca. Pensei: ok, não quer estacionar, apenas parou ali por um momento. Engatei a primeira lentamente... e vi que o tal carro fez menção de fazer marcha-atrás. Então guinei para a direita e passei, ainda com um bom espaço que me separava do tal carro que estava a fazer a manobra para, afinal, estacionar. Quando passo, ouço alto buzinão. Resolvo parar uns metros à frente, abrir a janela e perguntar: what? que é que foi? Sem resposta.
Estaciono mais à frente... e sai uma mulher do tal carro, e passa por mim e pergunta-me: olhe, pode só dizer-me uma coisa? Não me viu a fazer pisca? E eu: vi, qual é o problema? E ela: o problema é que eu estou sujeita a bater-lhe! E eu: mas eu vi que tinha espaço e que não me ia bater nem que quisesse.
Ela continua a andar com cara de prisão de ventre e vira-me as costas. E eu digo, mais alto: é que eu sou tipo o Flash Gordon a desviar-me de obstáculos perigosos! Nada tema!
Depois vi-a dentro do ginásio a dar aulas de natação a miúdos. Ela não me viu, senão tinha-lhe piscado o olho.

*

Uma PT, ao olhar para as minhas pernas, disse-me: vem sempre com nódoas negras e crostas nas pernas, o que é que anda a fazer para isso acontecer? E eu: ah... é que em casa batem-me...
(acho que tenho de começar a mudar de punch lines...).

Apaga e rebobina

Lembro-me que esta música passava muito na rádio quando eu ia de manhãzinha bem cedo para a FCUL à boleia de um amigo meu e do pai dele. Naquelas manhãs estava frio, mas sol, e eu ia a dormitar atrás no jipe ...

Ai Nina, Nina... esses caninos à Kirsten Dunst... e eu que nem costumo gostar de loiras!

19 de fevereiro de 2010

No surprises - Endorfinizado

Acordei assarapantado e a primeira coisa que fiz foi enviar uma mensagem a uma colega minha a dizer que estava atrasado. Saí de casa em menos de 10 minutos, e até tive alguma sorte com o trânsito, porque consegui chegar antes do resto da equipa. Vinha a conduzir e deu na rádio comercial uma música que já não ouvia há muito tempo, mas que me dá sempre um conforto especial.
No intervalo das cirurgias, estava eu a relaxar numa cadeira, com dores nos joelhos por ter estado não sei quanto tempo em hiper-extensão, e gerou-se uma conversa interessante sobre casamentos e relações homem-mulher, tida entre quatro pessoas pertencentes a três gerações.
Reconheço que não disse quase nada, contribuindo esporadicamente com perguntas e apontamentos mínimos. Estava demasiado cansado para pensar.Então, deixei-me ficar a ouvir na maior parte do tempo.
Já quando vinha para casa a conduzir o Flower-Power (tenho que lhe tirar uma foto) pus-me a pensar na conversa. As ideias preliminares que tive foram essencialmente que as coisas mudaram muito depressa nas últimas décadas e gerações. E talvez a contribuição com que mais concordei - não porque tivesse discordado das outras - foi pela pessoa de quem talvez menos esperasse. Diz ela que as relações agora não funcionam e são mais complicadas porque as pessoas não têm tempo nenhum, e quando têm, querem-no para si porque não têm energia.
Não quero com isto dizer que noutros tempos as pessoas eram desocupadas. Na verdade, no tempo dos meus avós acredito que não haviam tantas facilitações nos trabalhos árduos, e hoje em dia não é tão frequente apertar uma mão calejada como seria antes. Mas mesmo com todas as benesses, a verdade é que as pessoas passam mais tempo fora de casa, gastam mais tempo a deslocar-se de uns sítios para outros - muitas vezes a correr contra o tempo - sempre preocupadas com algum documento para ser entregue, alguma conta para pagar, algum telefonema inadiável, algum percalço que as obriga a ser criativas ou a redefinir prioridades a todo o momento. No fundo as variáveis são mais, as solicitações são mais, e a pressão para o êxito e para a so called felicidade é maior. E no entanto, tenho a certeza que hoje em dia, mesmo com um conhecimento mais profundo do mundo exterior e com muito mais caminhos possíveis para percorrer do que há 30 ou 40 anos, a verdade é que estou convencido de que somos muito menos felizes e muito mais insatisfeitos do que os nossos ascendentes. Talvez este seja outro dos tais casos em que mais é menos.Não me posso queixar. Há dias em que estou de banco, outros em que as cirurgias demoram mais tempo do que o previsto (ou o tempo previsto, quando é muito, e sempre em pé), mas por enquanto na maioria dos dias tenho-me conseguido escapar mais cedo do que a maioria das pessoas consegue nos seus empregos. E assim venho para casa sem ser em hora de ponta, o que é uma situação win-win. Mas mesmo assim não é preciso beber um copo de gasolina para saber que mata. Já me retira suficiente energia para perceber que transportes ou carro, hora de ponta, um horário 9-17, nova hora de ponta, contas para pagar, família própria e alheia, amigos, uma casa que não é nossa apesar de o ser... sobra pouco para dar a alguém. Aqui já não sei o que pensam as outras pessoas, embora imagine. O que sei é que o que sobra agora, e o ainda menos que sobrar daqui a uns tempos, só me permitirei dá-lo se não conseguir evitá-lo - por outras palavras, se não resistir a fazê-lo. Já aconteceu antes (embora com problemas e lacunas derivadas do status quo que descrevi atrás), poderá acontecer novamente? Talvez.

Voltando a essa pessoa, mais próxima da minha geração do que as outras duas, não disse nada disto. Resumiu muito mais a opinião dela. Escutei-a e ganhou-me bastante mais consideração.
Tenho pensado em tudo isto, mas ao contrário. Ou seja: quando uma pessoa se encontra insatisfeita com alguma vertente da sua vida, por exemplo - e quiçá mais frequentemente - a vertente amorosa, muitas vezes encontra outros objectivos ou escapes para canalizar a vontade e a pulsão. Há quem escreva, há quem coma demais, há quem beba mais copos que a conta, há quem passe o maior tempo possível a dormir, e há quem se ocupe com um tão sem número de coisas de tal forma que nem lhe dê tempo para pensar nele mesmo ou tropeçar em avenidas sombrias nas personagens-fantasmas que o assombram - ou na falta delas, consoante o caso.

Uma vida muito preenchida dá muito menos espaço para frustrações emocionais. Tenho ido muitas vezes ao ginásio ultimamente - lá está, tenho tido tempo para o fazer, embora não saiba até quando; nunca fui muito de ginásios, tenho de admitir, e até há amigos admirados com a minha opção. Mas a energia dispendida, o cansaço físico e o libertar de endorfinas compensam muito. Uma pessoa deixa de se preocupar tanto com coisas que pareciam intransponíveis antes. Quase que desaparece a frustração decorrente dessas coisas. É uma droga natural, de obtenção fácil, e com benefícios para a saúde.A pessoa recupera ou reforça a sua autoestima, e dessa maneira fica mais protegida: olha os outros ao mesmo nível e não deixa que a pisem ou que lhe roubem o amor-próprio; ganha força para tomar decisões difíceis; ganha coragem para perder (?) coisas, sofrendo um pouco, é certo, mas por bens maiores, e o bem maior é ela mesma.
Em compensação, talvez fique menos predisposta a abdicar desse bem estar - que é certo e seguro - e arriscar uma relação com alguém. Eu sei que esta relação que estou a tentar explicar é um tanto obscura, mas a verdade é que me sinto muito menos disponível para isso do que antes - simplesmente tenho pensado muito pouco nisso, o que não era hábito em mim. Talvez também por isso eu não tenha contribuído muito para a conversa de hoje.
Já ao fim da noite, começou a dar o Dr. House na televisão e eu fui ver. Às vezes há coincidências, e esta é uma delas: o episódio começou precisamente com a primeira música que ouvi de manhã, e que vos deixo aqui.

A heart that's full up like a landfill,

a job that slowly kills you,

bruises that won't heal.

You look so tired-unhappy,

bring down the government,

they don't, they don't speak for us.

I'll take a quiet life,

a handshake of carbon monoxide,

with no alarms and no surprises,

no alarms and no surprises,

no alarms and no surprises,

Silence, silence.

This is my final fit,

my final bellyache

with no alarms and no surprises,

no alarms and no surprises,

no alarms and no surprises please.

Such a pretty house and such a pretty garden.

No alarms and no surprises (get me outta here),

no alarms and no surprises (get me outta here),

no alarms and no surprises, please.

17 de fevereiro de 2010

Hey boy! Hey girl!

Hey girl

Hey Boy

Superstar DJ's

Here we go!

Até agora, a minha música preferida para meter em repeat enquanto me rebento todo a correr!

*

Amanhã vai ser uma grande manhã. Pela primeira vez vão-me deixar ser cirurgião principal numa cirurgia. Até vou levar um bolo para a enfermaria para festejar; como quem diz, de certeza que vai correr bem e vai haver razões para festejar. E está tão bom o sacana do bolo ... com puré de maçã por dentro... hmmm yummy!

Torçam por mim!

16 de fevereiro de 2010

Must... come... back... !

And I tried to sleep alone

But I couldn't do it

You could be sitting next to me

And I wouldn't know it

If I told you you were wrong

I don't remember saying ...

Eu até queria escrever umas coisas, mas de cada vez que vou correr e ginasticar parto-me tanto que chego aqui ao blog e falta-me aquela energia negativa para o fazer. Soon ... Very soon, I hope.

15 de fevereiro de 2010

Privilegiado

Vinha eu a maldizer-me por ter adormecido e ir chegar tarde ao hospital, e por estar um frio cortante, e não parar de chover. Vinha enregelado e mal conseguia encostar as mãos ao volante que estava gelado.
Depois, vá lá, parece que toda a gente tinha ficado em casa hoje por causa do Carnaval - nem me tinha lembrado destas variações de fluxo no trânsito - e portanto consegui pôr-me em lisboa em 20 minutos. Nem no dobro conseguiria, num dia normal. E depois, como não arranjei lugar no hospital, vinha-me maldizendo novamente por ter de estacionar no parque pago e deixar lá mais uma vez uma batelada de dinheiro. Acabei por chegar mais cedo que quase toda a gente.
À saída do estacionamento, vinha a mandar uma mensagem ao meu amigo Freitas, directamente para o Funchal, que dizia "Triste vida". Imensas vezes lhe mando mensagens semelhantes quando vou entrar ao trabalho, mas hoje era mesmo sentido. É cedo, está muito frio... não estou a brincar, estava mesmo muito frio, e eu com dois pares de calças, duas t-shirts, uma camisola, um casaco bom e um cachecol. E a maldizer-me por ter cortado a barba.
E depois reparo em dois homens dentro de caixotes de cartão, a tremer de frio, debaixo das arcadas do centro comercial do Martim Moniz, só com um cobertor.
Voltei a olhar para o telemóvel e vi "mensagem enviada". Envergonhado, acelerei o passo para não chegar atrasado.

14 de fevereiro de 2010

To and Fro





We can't be to and fro like this



All our lives



You're the only way to me



The path is clear



What do I have to say to you



For Gods sake, dear





Gosto desta musiquinha. É docinha, própria para o dia de hoje ;)





*






Ai ... nunca mais chega o tempo quente ...

11 de fevereiro de 2010

Lembra-me um sonho lindo ...

Canta rouxinol canta, não me dês penas,

cresce girassol cresce, entre açucenas ...

Ai como eu te amo,

ai tão sossegada,

ai beijo-te o corpo,

ai seara, tão desejada...

Ai, Fausto, Fausto... sabe-la toda!

Ajuda-me!

Uma das coisas que mais gosto de fazer é

10 de fevereiro de 2010

Her morning elegance

And she fights for her life as she puts on her coat

And she fights for her life on the train

Acordo aos poucos enquanto sinto o cheiro de banho acabado de tomar e ouço o barulho que ela faz com os cabides uns contra os outros no armário, a escolher o que vai levar vestido. Espreguiço-me um pouco sem abrir os olhos e enrodilho mais um pouco o edredão entre as pernas. Nesta altura não penso por palavras. Apenas dou atenção aos estímulos que os três sentidos me oferecem, e pairo num limbo de semi-sonho. Está atrasada para o trabalho, e repete os gestos mecanicamente, quase naquele piloto automático só possível nesta altura. Cada vez mais depressa e com mais barulho, vai-se despachando, e eu vou saindo aos poucos do torpor. Espreguiço-me mais meia dúzia de vezes, ainda sem abrir os olhos. Sinto agora o cheiro do perfume acabado de pôr, e talvez consiga distinguir muito ao longe o cheiro do lápis dos olhos. Pelo som dos passos rápidos de vai-e-vem, não escolheu saltos desta vez. Agora fechou a porta. Foi tomar meio pequeno-almoço e lavar os dentes. Devo ter mais cinco minutos até que volte.

Ponho-me a pensar no que vou fazer hoje... estou de férias. Vaguearei sozinho por ruas que me são estranhas. Verei caras não familiares, algumas delas cruzarão olhares comigo, mas não a maioria. Estará muito frio? Pergunta idiota, estará com certeza. Sair da cama será como nascer outra vez. Respiro fundo e espreguiço-me. Os músculos todos tremem enquanto são esticados e torcidos em todas as direcções, quase no limite de provocar cãibras. Bocejo. Devo ter mais três minutos.

Antes do tempo que julgava razoável, a porta abre-se depressa. Passos rápidos. Agora veste o casaco e pendura a mala ao ombro. Agora uns segundos de silêncio. Volta a pôr a mala na cadeira.

O colchão abana um pouco, e logo sinto um peso leve e quente por cima de mim. Perfume mais intenso. Abro com dificuldade os olhos por entre as pestanas coladas e vejo-a fitar-me bem quieta como se pudesse matar um cabrão só com o olhar. Mais um sentido que desperta. E logo a seguir demora-se ligeiramente num beijo mentolado rápido. Agora sim, estou totalmente acordado. Xau, diz-me baixinho. Torna a fixar-me uns segundos, talvez para se certificar de que estou bem morto e não estarei ali quando regressar do trabalho da próxima vez. O colchão abana outra vez - nova lufada de perfume - a porta fecha-se devagar, e o trinco desliza quase sem ruído. Passos lentos. A porta da rua fecha e a onda de choque bate-me no peito.

Xau... respondo, com as cordas vocais ainda coladas, apenas com o ar que tenho na boca.

8 de fevereiro de 2010

3 curtinhas

Andei novamente a limpar gavetas. E encontrei mais tesourinhos antigos.


Bilhete de autocarro para Góis, pago ainda em escudos, em 99. Fui com os meus colegas da altura, e infelizmente já não contacto com quase nenhum deles. Foi um fim de semana palco de histórias que não me vou esquecer. Quis andar à porrada com um deles, bêbado, porque me queria partir um ovo na cabeça. A frase "Vou-te aos cornos a ti e ao teu amigo freak!" ainda é recordada por algumas pessoas.



Recibo de pagamento - já em euros - do exame de condução para a carta. Não sei porque o guardei. Provavelmente ficou esquecido juntamente com o cartão jovem que fiz de propósito para ser mais barata.



Então era aqui que vocês estavam!

Dois preservativos da mítica marca ZigZag que expiraram em Maio de 2006. Sem dúvida, indícios de uma "vida social" activa ...

Ídolos

Epá, o que eu me ri. O gajo a cair parece uma foca, tipo sem braços, bonk! Também não admira que não veja nada, com aqueles oculinhos. Dêem um bobi e uma bengala ao homem ... Ah e tal que é por causa dos holofotes, a luz é tão brilhante que cega. E depois agarrado à cabeça... e depois a ajeitar os óculos do tipo "não foi nada, ahá, fantástico, estou de volta!" e dizer... "Com isto... já vendi mais 10 mil discos!" como se estivesse com uma granda piela... Epá... impagável do princípio ao fim.

Quanto ao resto... a selecção musical lá do rapaz não é nada má. Pearl Jam, Nirvana, Goo Goo Dolls, Ornatos Violeta... o problema é que não gosto de o ver cantar. E aquele ar de coitadinho irrita-me.

Odeio os ídolos, desde os concorrentes aos juris. Mas aos domingos temos sempre a tv ligada nesse canal, por isso vou-me sempre deitar com dores de cabeça.

7 de fevereiro de 2010

Anónimo

Neste grande filme de há quase 20 anos, um gang de assaltantes usa máscaras de ex-presidentes dos EUA para se camuflarem. Lembrei-me do filme outra vez nos últimos vários meses, porque parece que adoram pôr-me desvairado a tentar perceber quem é que me manda mensagens para o telemóvel com números que não conheço. É verdade que eu estraguei o meu telemóvel e agora ando com um bastante mais antigo, e como tal perdi imensos números e não tenho memória suficiente para registar todos, nem tenho memória de cabeça para saber tantos números de cor. Mas quando tento saber quem é (sim, porque eu respondo) metem-se em jogos de gato e rato e não me dizem quem são.
Ok, reconheço: fico louco com a curiosidade, e ela ainda não me matou mas já me moeu muito.
Não entendo por que razão fazem isso.
O mesmo se aplica às pessoas que comentam os posts aqui no blog como anónimas.
Se tento saber quem são é porque à partida se têm o meu número, sabem o meu nome e o meu blog, eu as respeito e as considero. Mas descurto mesmo que acabem por não dizer quem são...

Xiça, parece que têm medo de alguma coisa ... Ou será que o prazer de me ver de cabeça trocada é assim tão grande? Raios!

5 de fevereiro de 2010

Quatro curtinhas e uma mais comprida

Li algures que uma das maneiras de alguém limpar a cabeça e se tornar mais leve é ir deitando coisas fora. Por outras palavras, não deixar acumular coisas ao longo do tempo em gavetas, armários, prateleiras... coisas que de certeza que não vão ser usadas novamente, ou que não são recordações assim tão importantes.
É claro que para quem como eu guardou imensa coisa desde há bastantes anos a esta parte, o processo se torna lento e trabalhoso, porque envolve uma triagem das coisas que quero guardar. Desta vez decidi não ser tão picuinhas e tentar deitar fora o máximo de coisas possível. Para variar, ter espaço disponível para guardar coisas novas é uma boa sensação.
Então, neste processo, fui encontrando algumas coisas engraçadas...


Desenho da minha amiga Let de há tempos atrás, referindo a minha alergia a gatos... ela só tem três! Acho que foi feito em Aljezur, mas não tenho a certeza... eu estava sempre a beber coca-colas.


Novo desenho da Let, sobre uma queda que dei, de bicicleta, enquanto tentava carregar com dois sacos de pinhas e caruma de pinheiro (para acender a fogueira para o jantar), uma em cada mão. Feri uma mão toda. Na altura ainda nem andava em medicina, mas fiz um desbridamento da palma da mão com um canivete ferrugento. Estava traçado o meu destino...

Sem comentários, excepto um: só o usei para tirar a carta.


Já publiquei esta tira aqui no blog há bastante tempo atrás. Mas resulta sempre, pelo menos para mim. Quanto mais "crescido" fico, mais me apetece às vezes responder assim a determinadas pessoas ... Aliás, uma das coisas em que tenho orgulho - e vem certamente com a idade - é o facto de não papar grupos.
*
Tenho notado, desde que comecei a trabalhar, que há uma coisa que está diferente. Quando estava nos estágios ou nas aulas na faculdade, as pessoas, em especial as raparigas, não opinavam tanto sobre o aspecto umas das outras, pelo menos abertamente e à frente da pessoa. É claro que sempre houve muito corte e costura, mas habitualmente os comentários eram refundidos, e embora toda a gente falasse sobre toda a gente, poupava-se o visado.
Agora não é assim. Raro é o dia em que meto os pés no local de trabalho e não há uma colega, uma enfermeira, uma administrativa, ou uma auxiliar de acção médica, que não comente sobre qualquer coisa. Ou é o meu casaco que é giro, ou é o meu casaco que tem pêlos do meu cão. Ou são os meus ténis que são coloridos e alegres, ou são os meus ténis que são tão amarelos na parte de trás que até ofuscam e de certeza que os comprei para que ninguém me atropele a atravessar a rua. Ou é porque não corto a barba ou é porque a cortei - normalmente dizem "ficavas tão mais giro se ...", mas já aconteceu o contrário, reconheço (há que fazer justiça para não parecer convencido nem falso modesto, o que é um equilíbrio difícil de gerir). A última foi sobre o cabelo. Uma das minhas colegas, quando viu o corte de cabelo que fiz (e ela até tinha sido avisada por mim que tinha cortado...) fez uma cara como se estivesse a ver o Cavaco pela primeira vez a comer bolo rei. Mais tarde lá disse que me dava um ar mais respeitável. Ou seja, parecia um mendigo antes.
Gosto de ver que as pessoas têm opiniões e gostam de socializar umas com as outras. Mas... e aqui tenho que sublinhar isto, dada a frequência relativa dos comentários por parte de elementos do género feminino atingir os 100%, a verdade é que desde que comecei a trabalhar que ELAS não conseguem estar caladas. Não percebo. Mas para que é tanto comentário? Não podemos falar do sporting que levou 5 batatinhas? Ou de como foi o fim de semana passado, ou quais os planos para o próximo? Há tantas coisas para comentar que não passam pela maneira de vestir ou pelas opções estéticas de apresentação do outro. É claro que às vezes elogio uma rapariga, se achar que realmente é merecido, não será mal interpretado, e que é sincero. Ora... é raríssimo que estas três premissas coexistam quando alguém se dirige a mim com uma observação.
Ainda por cima, quando são rapazes, nunca comentam. Sabem, nós conseguimos estar calados em várias situações em que isso é vantajoso. Às vezes menos é mais, e elas não conseguem perceber o conceito.
Quanto a mim... bem, já não respondo. Encolho os ombros e falo sobre outra coisa qualquer.

4 de fevereiro de 2010

Playground love

I'm a high school lover, and you're my favorite flavor.

Love is all, all my soul.

You're my Playground Love.

Yet my hands are shaking

I feel my body remains, time's no matter, I'm on fire.

On the playground, love.

You're the piece of gold the flashes on my soul.

Extra time, on the ground.

You're my Playground Love.

Anytime, anywhere,

You're my Playground Love.

Sem mais, para já ... 3 (reloaded)

Aqui vos deixo a versão não manuscrita do que escrevi. Não tinha imaginado que a minha letra seria tão difícil de perceber, mas são capazes de ter razão. Foi tudo escrito freneticamente... normalmente tenho mais cuidado. As minhas desculpas!

"... e cada vez mais as pessoas se vêem umas às outras como troféus outrora conquistados, que revisitam em dias cinzentos em busca de ânimo, conforto, querendo um pouco de alento para os egos danificados por gotas de chuva perdidas. Sem pensar um pouco em como ficam os outros em causa, aproximam-se com pés de lã e sorriso pacífico, e como quem não quer a coisa já estão a estimular em busca de bajulação... declarações de amor perdido... lamentos de uma coisa que já foi ... ou simplesmente um pouco de atenção. O tom magoado das vítimas é música para os seus ouvidos, pois só prova que os troféus se mantêm na mesma prateleira onde foram colocados, à espera que se lhes retire o pó.

Volta não volta chove, e lá vão sofregamente à vitrine procurar uma teta que já tenha recuperado um pouco das feridas da mamada anterior. E lá a deixarão depois, não sei antes deixar nas feridas abertas um pouco de flor de sal, à laia de troco pelo bem estar cobardemente arrancado.
É uma estupidez que se repete todos os dias em algum ponto da Civilização, em que as pessoas compensam os golpes sofridos num mundo supercompetitivo e superpovoado desferindo outros golpes em outras pessoas e assim sucessivamente, numa tentativa de se sentirem bem... não bem com elas mesmas, pois que não há tempo para pensar nelas; nem bem com os outros, pois que sofrem de uns e magoam outros, num comboio interminável que morde a própria cauda. Apenas... BEM.

Já estive dos dois lados e conheço-os melhor, muito melhor, do que queria e alguma vez supus nos meus dias maus chuvosos. E nos dos outros, já agora.

Minha dor, minha culpa, minha dor, minha culpa.
Quid pro quo pro quid ...
Não quero. E por isso não brinco mais.

Até que algo me convença de que há excepções à regra.".

3 de fevereiro de 2010

It's raining again




Oh, it's raining again
Oh no, my love's at an end.
Oh no, it's raining again
and you know it's hard to pretend.
Oh no, it's raining again
Too bad I'm losing a friend.
Oh no, it's raining again
Oh, will my heart never mend.

You're old enough some people say
To read the signs and walk away.
It's only time that heals the pain
And makes the sun come out again.
It's raining again
Oh no, my love's at an end.
Oh no, it's raining again
Too bad I'm losing a friend.

La, la, la, ...

C'mon you little fighter
No need to get uptighter
C'mon you little fighter
And get back up again.

It's raining again
Oh no, my love's at an end.
Oh no, it's raining again
Too bad I'm losing a friend.
Oh!Oh!

La, la, la, ...

C'mon you little fighter
No need to get uptighter
C'mon you little fighter
And get back up again
Oh, get back up again
Oh, fill your heart again ...

(It's raining, it's pouring)
(The old man is snoring)
(He went to bed and bumped his head)
(And he couldn't get up in the
morning)

Sem mais, para já ... 3