As margaridas e amores perfeitos e ervas em terra mole, que não está seca nem enlameada, e que te massaja os pés em vez de os magoar ou de os sujar.
O zumbido lento e baixinho de centenas de abelhas que esvoaçam nas suas vidinhas atarefadas pelas flores que encontram, suficientemente perto para as observares, mas suficientemente longe para não te incomodarem.
O restolhar dos teus passos, que ouves dentro e fora de ti, porque não há muito mais que perturbe o silêncio.
O riso da tua filha ao atirar areia para todo o lado, embora lhe tenhas dito - sem muita convicção - para não o fazer.
O cheiro doce e suave de toda a vegetação quente à volta a anunciar que há de vir o verão, justamente numa altura tão melhor do que ele.
As cores que competem umas com as outras pelo maior brilho e beleza, e enquanto reparas nisso a tua filha te pergunta qual é a tua cor favorita.
O sol que está quente e pode queimar, mas que deixa que à sombra a temperatura esteja perfeita para estares em trajes menores.
O riso da tua filha de cara afogueada ao mergulhar vestida no rio, embora lhe tenhas dito - sem muita convicção - que só permitias que ela molhasse os pezinhos.
O encheres o peito de ar e dares-te conta de estar tudo bem naquele momento.
Poesia em forma de prosa (:
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