24 de maio de 2009

Lendas ...


Milão, 14 de Junho de 2008 - Extremo direito português desembaraça-se com facilidade das torres belgas. Lesionar-se-ia nessa jogada no pé esquerdo, ficando fora dos relvados nos seis meses seguintes. Nos jornais italianos da época podia ler-se "Oh! Que benne!".


O futebol é aquela coisa em que realmente me divirto e me faz feliz mais facilmente. É de tal forma que aposto tudo, gasto toda a energia, corro quilómetros, perco peso, pareço um cão atrás da bola! Posso não jogar muito bem, mas corro muito depressa, salto bastante alto e quando remato a bola vai sempre com força - interessa realmente para onde? Raras vezes a minha equipa ganha, mas eu também nunca sei quanto está ou quanto fica.
Outra coisa engraçada é que montes de vezes alguém amigo vem falar comigo e diz,Lembras-te do não-sei-quantos?, e eu Não me lembro, Ele lembra-se de jogar à bola contigo!, e eu Ah assim tá bem!


A minha equipa nunca ganha, mas toda a gente fica a saber quem eu sou. Estas duas premissas juntas dizem tudo do que faço em campo ... antigamente ainda pensava que era por causa do cabelo comprido.


Mas o que me dá mesmo mais gozo é jogar com amigos, principalmente quando eles jogam mais ou menos como eu.


Campo do Direito, 23 de Maio de 2009 - Extremo português à conversa com Fábio Capello (Pedro, metias uns oculinhos e ficavas igualzinho!).

Mas eu jogo de forma igual com toda a gente, ou seja, mal, e sempre a rir e a pôr a culpa nos outros. Afinal, é para isso que a equipa tem outros jogadores. Agora a sério, não compreendo como é que o pessoal se chateia a jogar à bola, ou festeja golos mandando a equipa adversária para o c***** mesmo que sejam uns gajos muito bacanos.


E quando na véspera do jogo estamos em estágios destes, depois o que acontece em campo não é surpresa, pois não, Pedro?

Mas talvez tão importante como jogar em si, é a forma como me sinto nas 24h seguintes. Fico tão cansado, tão partido, tão à rasca das pernas e das virilhas e das ancas e dos pés, que deixa de haver preocupações com tudo. Deixa de haver desamores, deixa de haver solidão, deixa de haver moínhas na cabeça por isto e aquilo, dores de alma, rancores, tristezas, preocupações com o futuro, desilusões, frustrações, vai tudo cu caraças.

Parece que uma parte de mim deixa de existir e de me dar problemas. Só é pena não poder jogar futebol dia sim, dia não.

4 comentários:

  1. Estes jovens são os médios cerebrais, os falsos rápidos, os carregadores de pianos e o matadores não fatais! Somos tudo isto e muito mais, desde que não nos obriguem ao sopro no balão... o resultado faria o Ben Johnson parecer um anjinho!

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  2. Conclusão: Não há nada como uma boa futebolada ;)

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  3. Dois homens que passaram ao lado de uma grande carreira...

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