28 de outubro de 2008

Enfartamento


Estou com uma certa sensação de saciedade precoce ... e tenho tendência a vomitar o que li nos dias anteriores!

27 de outubro de 2008

Comfortably Numb

Que belo dia para jogar umas raquetes de praia !

Cá continuo pela Ericeira, a maximizar o meu estudo dentro do possível. Mas nos intervalos aproveito para ir tomar café a sítios diferentes e para visitar as praias daqui. Esta é uma delas. Há mais de 20 anos lembro-me de vir com a minha avó para esta praia - Praia de São Lourenço - e de me doerem imenso os pés por causa da areia grossa. Tive oportunidade de confirmar que não era dos meus pezinhos frágeis de menino. Realmente esta areia é grossa pa caraças e rebenta com os pés a um tipo. Para quem não está habituado, claro. E como este ano eu e a praia não fomos particularmente amigos ...

O ambiente aqui é muito bom, é calminho, e tem estado bom tempo. À noite posso ir à varanda de casa e ouço o vento a passar num daqueles moínhos gigantes de vento, para a produção de electricidade... a torre ainda está longe, mas ouve-se bem o wwwooowwwnnvvv... wooowwwnnvvv.... woooowwwnnnvv... é um bocado impressionante. E quando o céu está limpo - que tem sido quase sempre - também dá para ver um belo céu estrelado.

Deixo-vos aqui o vídeo de uma das melhores músicas de uma das melhores bandas de sempre, na minha opinião e na de milhões de pessoas - embora tenha uma grande amiga minha que os odeia ... :)
Dava quase tudo para poder ter estado neste concerto. Paciência ... não fica para a próxima!
E este solo é ... fantástico. E este David Gilmour ... sim, eu sei que está velhinho, mas curto milhões o gajo.
Até breve, amigos e amigas ...

16 de outubro de 2008

Não fui à flash interview porque...

Tive pena do jornalista que ficou sozinho na flash interview depois do jogo contra a Albânia, à espera dos intervenientes da partida. "Aizz... elez deviam virzz para podermozz reflectirzzzz... aaaizzz... vou chorarzz... oz portuguezezz mereciiiamzzz...".
Mas eu sei que tanto Gilberto Madail como Carlos Queirós tinham bons motivos. Um, para fugir das bancadas do estádio, outro para não comparecer à entrevista-relâmpago, pois tive acesso à lista de desculpas que ambos elaboraram antecipadamente. Encontrei a lista caída no chão à saída da pedreira de Braga. É natural que, como homens avisados que são, façam uma selecção de bons pretextos, já que a primeira desculpa pode não colar.
Queirós
1 - "Perdi-me nos corredores do estádio! Acreditam nisto?";
2 - "O que é uma flash interview? Não sei falar inglês...";
3 - "A verdade é que não fui porque tive vergonha. E o Nani pediu-me para não ir.";
4 - "Estive a consolar o CR7.";
5 - "Eina pá, nem sabem o que me aconteceu! Apanhei uma gastroenterite!";
6 - "O meu melhor amigo precisava de desabafar. Ele anda triste ...";
7 - "Não me apeteceu. Algum problema?";
8 - "Chamaram-me dos altifalantes do estádio para eu ir mudar o carro de sítio";
9 - "Não fui porque o meu nível de alcoolemia não mo permitia";
10 - "Alego insanidade mental temporária";
11 -"Sabe, tive que telefonar ao Ferguson. Só ele tem o manual de emergência "como proceder após ser humilhado em casa com uma equipa de merda... tipo albânia... jogando com 10".
12 - "Recebi um telefonema do Ricardo. Sim, esse, o chicken man. O que disse? MUERRE borracho de mierda!! Mais valia ter ido à Flash Interview (ouve-se choro compulsivo)".
Gilberto Madail
1 - "Saí mais cedo porque para sair do estádio depois é complicado, é muita gente...";
2 - "Flash o quê? Só sei duas palavras em inglês: Jack e Daniels";
3 - "Estava a ouvir vozes dentro da minha cabeça e fui para a roulote do estádio beber umas para acalmar";
4 - "A minha filha ligou-me para o telemóvel e eu tinha de atender";
5 - "Esqueci-me que tinha que ir buscar uma bilha de gás e já era tarde";
6 - "Deu-me umas cólicas. Acho que estou com uma gastroenterite";
7 - "Precisava de chorar num ombro amigo e liguei para o Scolari. Ele lá me ajudou, dizendo que no futebol são sempre 11 contra 11 ...";
8 - "Há mais na vida do que o futebol, sabem? Há um bar em Braga... só vos digo, supimpa!"
9 - "A comitiva dos paralímpicos entupiu-me o telemóvel de mensagens a dizer que a selecção estava pouco móvel em campo";
10 - "Fui telefonar ao presidente da federação espanhola a perguntar se não queriam fazer uma selecção conjunta. Era um assunto da maior importância";
11 - "Encontrei o Sá Pinto, e perguntei-lhe se ele não queria esmurrar outro seleccionador";
12 - "Não me chateiem, sou só um velho bêbado ...".
Backup - plano Z - "Telefonei ao Paulo Bento a indagar da disponibilidade do Paulinho para ser o nosso médio-centro cerebral, para reforçar a nossa visão de jogo em campo".
Pronto. Decidi partilhar convosco o que vinha escrito no papel.

13 de outubro de 2008

Dark Matter

"Crushed like a rose
In the river flow
I am I know"...

Desta vez, deixo-vos uma música dos Porcupine Tree. É uma banda que conheci há relativamente pouco tempo - um ano e tal, talvez - mas de que já sou fã. Não há vídeo para vos mostrar, mas quem quiser, oiça a música.

Nas palavras de um amigo meu - a pessoa por intermédio de quem os conheci, por ter lido um texto que ele escreveu sobre o último álbum da banda - a arte dos PT está na capacidade de criar ambientes e sentimentos. De resto, são músicos fantásticos, e não vou adiantar-me muito sobre a banda. Para isso, pedirei a esse meu amigo que escreva algo sobre eles, porque ele tem muito mais jeito do que eu para descrevê-los. Ainda assim, acho que, para quem tem curiosidade, o melhor é mesmo dar uso aos programas de sacanço e descobrir por si mesmo.

Eles vieram a Portugal há dias. Estiveram em Lisboa - Incrível Almadense - e no Porto - Teatro Sá da Bandeira. Esse meu amigo, é claro, disse "presente!" em ambas as ocasiões. É inacreditável como em Lisboa estiveram apenas 900 pessoas. Faz-me muita confusão, uma banda destas devia encher estádios...

É claro que eu não fui a nenhum dos dois concertos, e andei meses a remoer-me no vai não vai. Acabei por não ir, não sei se me arrependo ou não. É mais um daqueles sacrifícios idiotas que me habituei a fazer, a pensar em outrém ou em potenciais pássaros que vão a voar e não se sabe se um dia vão estar na minha mão. Não aprendo.

Sobre a sondagem que esteve aqui durante um mês para votarem: finalmente terminou e o resultado foi um empate técnico entre as declarações do atleta olímpico português - o da caminha - e a abordagem do pivot das notícias ao presidente olímpico português. Conclusões: o pessoal odeia o Sócrates (seria mesmo preciso teres feito uma sondagem para concluir isto? Não me parece, João), e gosta de votar em declarações que se calhar não ouviu (será que toda a gente viu as notícias naquele dia?). Para breve, mais uma sondagem vos será proposta, com opções inteligentes para escolherem. Está prometido!

Tenho tido muitas ideias para escrever umas coisas como antigamente fazia, mas... falta-me a energia para brincar com as palavras. Tenho pena, mas é mesmo assim... não vou considerar que é bloqueio de escritor, porque não sou escritor. Acho que é mais bloqueio de leitor - acontece quando se lêem coisas áridas como o Principles of Internal Merdicine.

Até breve, minha gente!

7 de outubro de 2008

Pounding

"... And I say

We so down

But it's now or never baby

We don't mind

If this don't last forever

See the light

But it won't last forever

Seize the time

Cause it's now or never baby

So why

Is it so hard to get by? ..."

Hoje mostro-vos mais uma canção dos Doves de que gosto muito. Esta é, ciclicamente, a minha preferida deles... e é-o porque me dá a sensação de ambiguidade entre um ritmo alegre, aquele feeling de comfortable music - extensível a toda a música da banda, de resto - e uma letra que me incomoda.

Pounding é, no dicionário:

1: to reduce to powder or pulp by beating;

2 a: to strike heavily or repeatedly; b: to produce with or as if with repeated vigorous strokes —usually used with out ; c: to inculcate by insistent repetition : drive ; d: to move, throw, or carry forcefully and aggressively ;

3: to move along heavily or persistently ;

4: to drink or consume rapidly : slug ;

intransitive verb

1: to strike heavy repeated blows;

2: pulsate , throb

3 a: to move with or make a heavy repetitive sound; b: to work hard and continuously —usually used with away.

Sem querer alongar-me sobre os significados que estas várias definições têm para mim pessoalmente, digo-vos que esta canção me dá conforto e alguma alegria, e portanto a uso como "botão secreto"(*) para me tentar animar em momentos como Este. É difícil para mim estar a ouvi-la e não começar a bater o pé.

Até breve ...

(*) - roubei esta expressão a um livro que ando a ler, e de que talvez aqui fale um dia.