É no recanto do espaço que sinto o cheiro daquela voz quente e doce de café, daquela face risonha de piteira aos lábios que serenos proferem palavras de amor. Amor!
Que sentimento estranho capaz de moldar os afectos, a mente! Capaz de estar presente nos mais ambivalentes momentos da vida- do ausente desejado, ao presente jamais renunciado.
No momento em que nos achamos mais fortes, tudo se quebra, tudo descongela e desconjunta. De repente... parece que apenas existimos pelo outro, para o outro, tal como a música que só faz sentido quando ressoada nos ouvidos do povo.
Assim como não é preciso estudar música para chorar ao som de Chopin ou saber desenhar para admirar um Dalí, também o amor nasce espontaneamente, sublimado pelo ósculo da chegada, do adeus, pelo qual procuramos auscultar a reciprocidade de um coração que por nós bate... que por nós luta... que por nós bombeia para cotinuar a ser!
Mas como é difícil! Todos sabemos que um dia tudo acabará, nós, os outros... Se mais ninguém nascesse a partir deste momento e se voassemos no tempo, todas as ruas ficariam desertas, tudo petrificava! Só ficariam as luzes que gastas não tardariam em desvanecer. O circadiano halo solar sucederia ao limbo lunar e no escuro de uma noite sem estrelas não haveriam filhos para dar o jantar, não haveria ninguém com quem falar, não restaria nada! Nem a solidão. Também ela é feita de amor... nem que seja da sua ausência.
Amor... terra da vida. É por ele que continuamos a lutar. Ainda que não tenhamos força, é por ele que nos agarramos à vida numa epopeia em prosa que termina em verso... Como é real o sofrimento por que passa, como é lírico quando volta a si e nos abraça.
Vivemos numa concha limitada por onde parcamente nos damos ao mundo, aos outros. Podemos pesar com eles e por eles, podemos até chorar mas tudo passa... porque são apenas outros. Parece cruel pensar assim mas é o que por norma acontece. Quantas vezes vemos ambulâncias em missão urgente e sofremos pelo ser que ali vai? Mas... Quantas vezes voltamos a lembrá-lo? Basta um telefonema ou um carro que entra sem ter prioridade para que aquele momento seja absorvido pelo vazio do esquecimento.
Tudo aquilo que não amamos é volátil, dissipando-se no tempo. É um não acordar súbito, renegado por aqueles que amam e que amo.
No limiar da vida, ainda que não tenhamos forças para abrir os olhos ou para sorrir, ainda que as capacidades vitais se fundam como o fio metálico de uma lâmpada, só o amor nos detém. Quando as vozes ecoam batendo nos nossos sentidos numa amálgama de sofrimento e desespero, de vontade de desistir, é por amor que lutamos e procuramos subsistir... Existir, resistindo ao vento que no exausto arrastar do tempo nos faz levitar... como plumas que se espraiam no azul do céu.
Que sentimento estranho capaz de moldar os afectos, a mente! Capaz de estar presente nos mais ambivalentes momentos da vida- do ausente desejado, ao presente jamais renunciado.
No momento em que nos achamos mais fortes, tudo se quebra, tudo descongela e desconjunta. De repente... parece que apenas existimos pelo outro, para o outro, tal como a música que só faz sentido quando ressoada nos ouvidos do povo.
Assim como não é preciso estudar música para chorar ao som de Chopin ou saber desenhar para admirar um Dalí, também o amor nasce espontaneamente, sublimado pelo ósculo da chegada, do adeus, pelo qual procuramos auscultar a reciprocidade de um coração que por nós bate... que por nós luta... que por nós bombeia para cotinuar a ser!
Mas como é difícil! Todos sabemos que um dia tudo acabará, nós, os outros... Se mais ninguém nascesse a partir deste momento e se voassemos no tempo, todas as ruas ficariam desertas, tudo petrificava! Só ficariam as luzes que gastas não tardariam em desvanecer. O circadiano halo solar sucederia ao limbo lunar e no escuro de uma noite sem estrelas não haveriam filhos para dar o jantar, não haveria ninguém com quem falar, não restaria nada! Nem a solidão. Também ela é feita de amor... nem que seja da sua ausência.
Amor... terra da vida. É por ele que continuamos a lutar. Ainda que não tenhamos força, é por ele que nos agarramos à vida numa epopeia em prosa que termina em verso... Como é real o sofrimento por que passa, como é lírico quando volta a si e nos abraça.
Vivemos numa concha limitada por onde parcamente nos damos ao mundo, aos outros. Podemos pesar com eles e por eles, podemos até chorar mas tudo passa... porque são apenas outros. Parece cruel pensar assim mas é o que por norma acontece. Quantas vezes vemos ambulâncias em missão urgente e sofremos pelo ser que ali vai? Mas... Quantas vezes voltamos a lembrá-lo? Basta um telefonema ou um carro que entra sem ter prioridade para que aquele momento seja absorvido pelo vazio do esquecimento.
Tudo aquilo que não amamos é volátil, dissipando-se no tempo. É um não acordar súbito, renegado por aqueles que amam e que amo.
No limiar da vida, ainda que não tenhamos forças para abrir os olhos ou para sorrir, ainda que as capacidades vitais se fundam como o fio metálico de uma lâmpada, só o amor nos detém. Quando as vozes ecoam batendo nos nossos sentidos numa amálgama de sofrimento e desespero, de vontade de desistir, é por amor que lutamos e procuramos subsistir... Existir, resistindo ao vento que no exausto arrastar do tempo nos faz levitar... como plumas que se espraiam no azul do céu.
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ResponderEliminarCa estou eu outra vez...Não concordo muito com a tua opiniao Julio Punk, isto porque após ter estado muito tempo sem saber o que era o amor, voltei a encontrá-lo numa pessoa maravilhosa que me ama (espero eu!) e que eu amo tambem! O amor não fere, se o souber-mos usar sem medo de exagerar-mos, porque se ele ca está não é para o guardar-mos para nós, mas sim para o dar, sem medo de um não e acreditar em nós, isto sem sermos paranóicos claro! Amar é a melhor coisa do mundo, e sem o amor ninguem vive, e arriscava-me a dizer q só estamos vivos porque o amor existe! Ela é sem duvida a cura para a minha doença! É a minha garrafa de oxigénio!
ResponderEliminarSe já amas-te sabes q é assim e mesmo os desgosto não podem ser considerados como doenças, e deves relembrá-los sempre que precises para que estes não voltem acontecer! Não me julguem como insensivel, até porque desgostos já tive alguns, e sim, ja tive depressões mas soube sair delas e não fazer disso um filme (mexicano)!
Bem...
Cumprimentos para todos, espero que este post tenha sido mais util.
Peace 4all !
#1 - Júlio Punk - acho que perdeste uma boa ocasião para estares calado. Não quero com isto andar a censurar ninguém, atenção...
ResponderEliminar#2 - Anónimo - quem és tu? (® Frei Luis de Sousa)
Sou um rapaz que gosta de comentar o vosso blog, posso?
ResponderEliminarAh, um rapaz! Assim 'tá bem! Podes, rapaz, claro! As portas estão sempre abertas! Só queriamos saber quem és porque nos estávamos a perguntar se não serias rapariga! eheheh!!!! Buéda fixe :)
ResponderEliminarIsto não é o clube «menina não entra!» que o Bolinha das revistas aos quadradinhos tinha...
ResponderEliminarAnonymous pá... não vales népias! És coxo! Pois é pessoal, é ele: o Gonzos! :) Todo queimadinho! Um bem haja pá iris e continua a escrever, mesmo que eu olhe como burro para palácio!
ResponderEliminarIsso do queimadinho inda vá que não vá, agora estares-me a comparar com pseudo-cantores de boysband gays portuguesas é q não, por favor, não estou aqui para ser insultado!
ResponderEliminarÒ Julio, fanan, nós só te contrariamos para tu apareceres por cá! Se nós concordassemos contigo deixarias de aparecer e, isso sim, seria uma perda. Sendo como és´, és uma mais valia...
ResponderEliminarNão compreendeste o que eu quis dizer: está a autora deste post a expressar os seus sentimentos, e vens tu dizer «aproveita enquanto dura, que as mulheres como tu depois fodem tudo». Não quis censurar, apenas achei que o comentário foi altamente despropositado. Coadunava-se melhor fazeres esta observação numa noite no café com os amigos, por exemplo... já com umas imperiais no bucho e talvez na ressaca de algum desgosto amoroso.
ResponderEliminarHartman, ultima parte de rir até não poder mais, digna de registo...Obrigado por este momento. Abraços
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