Tinha pensado em escrever outra coisa. Um assunto até mais divertido, que me anda a corroer há uns tempos. A seu tempo virá.
Estava a passar os olhos pelo site da tsf e deparei-me com uma polémica gerada pelo debate na sic notícias, entre Francisco Louçã e Paulo Portas. O bloquista disse não ter o seu opositor direito de julgar o direito à vida, uma vez que não era pai (nem mãe...). Consigo perceber o fundamento que está a ser evocado mas acho que não é aplicável. Lá por não ser pai, posso ter uma opinião. Acho que se ele disse-se algo do género, nem eu nem você podemo-nos estar a alargar muito sobre o direito à vida, pois não vamos nunca ser confrontados com a decisão dum aborto, já aceitava mais. Embora a decisão seja da mulher, acho que deve ser partilhada e suportada pelos demais.
Uma outra coisa que se confunde, é a opinião que se pode ter sobre esta questão do aborto e a lei. Se eu sou contra o aborto? Acho que a maioria o é na medida em que nunca será um método primário. Acho que ninguém (quase ninguém!) pensa algo do género, deixa lá isso, depois abortas... Não sou contra uma escolha de gerar uma vida que não seja desejada, que não venha benefeciar de condições mínimas de sobrevivência. Muitos, especialmente na comunidade ligada à saúde, alegam que no momento da concepção já pode ser considerado um ser, e mostram-nos imagens comoventes de fetos onde já se destingue um ser humano. Temos de pensar num ser como um ser também social e não só biológico. A maioria dos abortos faz-se por necessidade e não por diversão! É a minha opinião como as há diferentes
Outros sete e quinhentos é a lei. Então quem praticar o aborto sujeita-se a ser preso? Há quem concorde com a lei? Neste aspecto sou frontal e irredutivelmente contra. Mulheres que enfrentam a díficil decisão de recorrer ao aborto, ainda têm de ser marginalizadas? Podem ainda ser presas? Isto é uma das mais gritantes segregações sociais dos nossos tempos. Se as posses económicas assim o permitirem, vais ali a Espanha, grande clínica, o “serviço” é feito e ainda pasamos na serra nevada, dizes lá ao pessoal que foram umas férias na neve. Se não, azar. Vais ali ao sapateiro, arriscas a vida, ah e claro, podes sempre ser presa ou passar pelo tribunal para contar a história! Muitos dos que defendem a actual lei, já calcurrearam estes meandros... é uma definição simples e crua de hipócrisia.
Tenho pena que a sic notícias tenha passado um lápis azul pelo debate, mostrando apenas a exaltação de Louçã e não a cara de aperto de Portas. Liberdades...
Estava a passar os olhos pelo site da tsf e deparei-me com uma polémica gerada pelo debate na sic notícias, entre Francisco Louçã e Paulo Portas. O bloquista disse não ter o seu opositor direito de julgar o direito à vida, uma vez que não era pai (nem mãe...). Consigo perceber o fundamento que está a ser evocado mas acho que não é aplicável. Lá por não ser pai, posso ter uma opinião. Acho que se ele disse-se algo do género, nem eu nem você podemo-nos estar a alargar muito sobre o direito à vida, pois não vamos nunca ser confrontados com a decisão dum aborto, já aceitava mais. Embora a decisão seja da mulher, acho que deve ser partilhada e suportada pelos demais.
Uma outra coisa que se confunde, é a opinião que se pode ter sobre esta questão do aborto e a lei. Se eu sou contra o aborto? Acho que a maioria o é na medida em que nunca será um método primário. Acho que ninguém (quase ninguém!) pensa algo do género, deixa lá isso, depois abortas... Não sou contra uma escolha de gerar uma vida que não seja desejada, que não venha benefeciar de condições mínimas de sobrevivência. Muitos, especialmente na comunidade ligada à saúde, alegam que no momento da concepção já pode ser considerado um ser, e mostram-nos imagens comoventes de fetos onde já se destingue um ser humano. Temos de pensar num ser como um ser também social e não só biológico. A maioria dos abortos faz-se por necessidade e não por diversão! É a minha opinião como as há diferentes
Outros sete e quinhentos é a lei. Então quem praticar o aborto sujeita-se a ser preso? Há quem concorde com a lei? Neste aspecto sou frontal e irredutivelmente contra. Mulheres que enfrentam a díficil decisão de recorrer ao aborto, ainda têm de ser marginalizadas? Podem ainda ser presas? Isto é uma das mais gritantes segregações sociais dos nossos tempos. Se as posses económicas assim o permitirem, vais ali a Espanha, grande clínica, o “serviço” é feito e ainda pasamos na serra nevada, dizes lá ao pessoal que foram umas férias na neve. Se não, azar. Vais ali ao sapateiro, arriscas a vida, ah e claro, podes sempre ser presa ou passar pelo tribunal para contar a história! Muitos dos que defendem a actual lei, já calcurrearam estes meandros... é uma definição simples e crua de hipócrisia.
Tenho pena que a sic notícias tenha passado um lápis azul pelo debate, mostrando apenas a exaltação de Louçã e não a cara de aperto de Portas. Liberdades...