Dia 1. Ao contrário de há 7 anos, em que a travessia do Tejo foi feita do Cais do Sodré, desta vez apanhámos o barco em Belém. Esta é a razão pela qual se vê a Ponte 25 de Abril. Que bonito: passar por debaixo da ponte 25 de Abril no 26 de Abril!
"Já não gosto da ponte. Antes, quando olhava para ela, fazia-me lembrar férias, praia, sol... entretanto a sensação invocada mudou completamente. E também atravessar o rio de barco já não é tão giro como me parecia antes. O barco a atracar, a bater nos enormes pneus de tractor ou de camião pendurado na parede da doca... o homem a lançar as cordas para a margem... já me pareceu bem mais pitoresco.".
Perto de Setúbal. Pequena paragem para descansar, após uma subida mais puxada. O que vale é que a seguir a esta curva vem uma descida excelente... deu para atingir os 67 km/h de velocidade. Parece pouco, mas quando se vai numa bicicleta, com um suporte com bagagem atrás, com o pneu de trás completamente lisinho, sem relevo, e com travões sub-óptimos, com possíveis carros atrás, a ter que fazer as curvas fora de mão para ser mais seguro... a sensação que me dá é que a qualquer momento a bicicleta se vai desintegrar, ou então vou apanhar um gato na estrada, ou um buraco, ou uma poça de óleo, e... acabou-se.
Foi de tal maneira que, ao ver a meio da descida a placa com o desvio à direita para o Outão, travei, e só parei uns 200 metros à frente. Nem me atrevi a virar.
Tirei esta foto desta maneira, não porque estivesse muito cansado, mas porque há 7 anos tirámos uma igualzinha, neste mesmo sítio; creio que quem aparecia era o Chico. Continuo a procurar as fotos, mas esconderam-se bem...