Esta altura do ano deixa-me sempre um pouco deprimido. Este corrupio para comprar prendas, esta última hipótese de praticar o bem antes do ano acabar. Eu não sei se o resto do mundo está a par mas, quem passa necessidade nesta altura do ano também o passa nos outros meses todos! O Natal traz ao de cima os valores e sentimentos de humanismo que andam o ano todo silenciados dentro de muitos de nós. Vai daí, sabendo disso, o pessoal desata a fazer peditórios e afins para isto e para aquilo. Nesta altura do ano passam-se ainda coisas estranhas que quebram a rotina dos dias. Além de todo o tipo de peditórios, cabazes, rifas, lotarias e, a última moda, relógios da swatch para ajudar tudo o que é criancinha desamparada, dentro de nós dão-se transformações. O bom dia e o boa tarde chegam a ser frequentes. Os sorrisos, espécie em extinção no resto do ano, encontram aqui uma altura menos desfavorável. E depois temos o bom natal… eu penso muito nisto. Mas afinal de contas, o que é um bom natal? É ter muitas prendinhas? É passar a noite de Natal sem incidentes (especialmente de viação) de maior? É conseguirmos sobreviver ás doses mortais de glicose e rezar para que o nosso pâncreas aguente mais uns anitos? Não sei. Se calhar é uma forma de dizer isto tudo e, quem sabe, muito mais. Mas esta festa essencialmente religiosa toca a todos da mesma forma, quer o sejamos ou não. As Igrejas enchem-se e até têm sessões da missa do galo, onde à porta, populam arrumadores de carros e outros enfermos, na esperança que o Natal lhes traga mais qualquer coisa.
Recebi um mail dum amigo que está no Brasil. Dizia ele que natal sem frio não era Natal e que nós temos sorte de termos um Natal à séria. Mas, principalmente, ele dizia que sentia a falta da família, nem sabendo o porque de ser, especificamente nesta altura. Falou-me ainda deste “bicho” que é a altura do Natal e como transforma as pessoas. Segundo ele, usualmente não se bebem refrigerantes na sua casa mas, nesta altura, estão lá sempre à disposição as garrafas de Coca-cola e de outros refrigerantes variados. É como se nos oferecêssemos uma prenda a nós próprios.
A árvore, as prendas, a comida, tudo isto vivido muito intensamente. As facturações astronómicas das lojas, as iluminações de Natal e a maior árvore de Natal da Europa (que utiliza electricidade espanhola, de certeza!). Os telefonemas, os postais de boas festas e, sinais do tempo, os sms de boas festas. As renas, o trenó e o Pai Natal. Mas qual Pai Natal? Qual deles é o verdadeiro? Deve ser aquele que dá no telejornal que sai directamente da Lapónia. Mas esse… não sei, tem um saquito de prendas muito pequenito e só tem uma rena a puxar o trenó! Uma coisa sei: o do Colombo não é de certeza! Além das barbas serem postiças, esteve sempre lá sem fazer compras, só tirava fotos!
Se calhar não tenho motivos para ficar deprimido. Se calhar tem mais a ver com um ano que acaba do que com o Natal. Se calhar…
Recebi um mail dum amigo que está no Brasil. Dizia ele que natal sem frio não era Natal e que nós temos sorte de termos um Natal à séria. Mas, principalmente, ele dizia que sentia a falta da família, nem sabendo o porque de ser, especificamente nesta altura. Falou-me ainda deste “bicho” que é a altura do Natal e como transforma as pessoas. Segundo ele, usualmente não se bebem refrigerantes na sua casa mas, nesta altura, estão lá sempre à disposição as garrafas de Coca-cola e de outros refrigerantes variados. É como se nos oferecêssemos uma prenda a nós próprios.
A árvore, as prendas, a comida, tudo isto vivido muito intensamente. As facturações astronómicas das lojas, as iluminações de Natal e a maior árvore de Natal da Europa (que utiliza electricidade espanhola, de certeza!). Os telefonemas, os postais de boas festas e, sinais do tempo, os sms de boas festas. As renas, o trenó e o Pai Natal. Mas qual Pai Natal? Qual deles é o verdadeiro? Deve ser aquele que dá no telejornal que sai directamente da Lapónia. Mas esse… não sei, tem um saquito de prendas muito pequenito e só tem uma rena a puxar o trenó! Uma coisa sei: o do Colombo não é de certeza! Além das barbas serem postiças, esteve sempre lá sem fazer compras, só tirava fotos!
Se calhar não tenho motivos para ficar deprimido. Se calhar tem mais a ver com um ano que acaba do que com o Natal. Se calhar…